É preciso viver a Sombra!
Estava a terminar uma consulta, onde trabalhamos o parto. O parto dessa Mulher! O voltar ao interno. Ao escuro. Ao ventre. À essência. A quem és! Esse olhar tão necessário. Amoroso e consciente. Olhei para ela, e vi uma luz trémula a ganhar chama! Vida a querer viver.
Terminei a consulta e ouvi:
– É preciso viver a Sombra!
– É preciso viver a Sombra!, repetiram as vozes.
Falhou a luz!
A luz falhou fora. Pausou. Mas iluminou-se algo em nós.
A presença. A desconexão para re-conectar. O essencial torna-se então visível aos olhos. Aos olhos da alma.
Contactos precisos. Sem sobrecarga. A possibilidade de pensar nas pessoas por quem nutres amor sem a exigência de um contacto. A permissão de continuar em silêncio mesmo após. Auto-permissão!
Uma lua Nova. A lua sem luz. Num dia de sol intenso. Feminino e Masculino em equilíbrio. Quão simbólico.
Assim foi.
Em amor, Silvana.